Pesquisas atuais
Observatório de Linguagem e Mídia
As mídias são os canais (ou meios) pelos quais é possível transmitir informações ou mensagens para grandes audiências. Podem ser sites, livros, revistas, rádio, TV, fotografias, filmes e músicas ou mesmo panfletos, embalagens e até camisetas estampadas com frases ou slogans. Também o termo "mídia" (no singular) é como nos referimos ao conjunto dos veículos de comunicação nos quais se exerce algum tipo de jornalismo. A popularização das mídias ampliou o uso dessas tecnologias para contar histórias de maneiras poderosas, interagindo com outros participantes na criação e circulação de conteúdos e deixando para trás a cultura do espectador e do consumo passivo. Assim, a internet e as redes sociais abriram espaço para novas e inúmeras vozes. A pluralidade na comunicação, ao mesmo tempo que possibilita debates mais ricos e poderosos, impõe também grandes desafios. É emblemático que, em 2016, a palavra do ano escolhida pelo dicionário britânico Oxford tenha sido pós-verdade: situação em que fatos objetivos têm menos relevância na formação da opinião pública do que crenças pessoais ou narrativas que apelam para as emoções. Também o discurso de ódio aparece nas redes sociais a partir do tom ameaçador, abusivo ou preconceituoso adotado contra determinados grupos de pessoas. Manifestações como racismo, homofobia, xenofobia, intolerância de gênero ou ataques a minorias são alguns exemplos de incitação ao ódio. Nesse contexto, torna-se necessário pensar um ensino de Língua Portuguesa voltado para a educação midiática, entendida aqui como um conjunto de habilidades necessárias para acessar, analisar, criar e participar de maneira crítica e reflexiva do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos ? dos impressos aos digitais. Eis o caráter do presente projeto de pesquisa
Transaberes - transições sexuais e epistêmicas
A transexualidade mobiliza paixões, poderes e técnicas. Ao mesmo tempo, é notória a situação de violência que envolve as pessoas trans no Brasil. Tendo em vista o crescente debate social em torno da transexualidade, este projeto de pesquisa interroga, por meio da análise de práticas discursivas com pretensão de verdade, como diferentes produções midiáticas ou não mobilizam jogos de verdade pelos quais se atualizam os processos e os modos de subjetivação na atualidade. Em outras palavras, quais jogos de verdade estão presentes nos discursos verdadeiros sobre o corpo em nossa atualidade? Quais formas de os indivíduos se interrogarem e reconhecerem-se como sujeitos trans estão disponíveis nas produções contemporâneas? Como os sujeitos trans se constituem considerando diferentes discursos e produções midiáticas, especialmente a imprensa? Tais questionamentos importam na medida em que debruçam-se sobre um grupo social fartamente marginalizado e também porque implica em criticar os limites impostos pela episteme moderna tanto aos corpos quanto às disciplinas.
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Mapeamento das Pessoas Travestis/Trabalhadoras do Sexo no Estado de Mato Grosso ume estudo na perspectiva Decolonial e Transnecropolítico.
Esta investigação de tipo survey, mas também com enfoque de análise qualitativa, visa sistematizar um conjunto de informações referentes ao mapeamento de pessoas Trans no Estado de Mato Grosso. Tomando-se como indagações iniciais do quão diversificada é a população trans, distinta por marcadores raciais, religiosos e geracionais; de quais são suas condições de acesso à educação, à moradia digna, ao trabalho e ao acesso à saúde; de como estão sujeitas às situações de violência física, moral e verbal em ambientes domésticos e públicos; Respostas a esses questionamentos traçarão um perfil quantitativo das condições de vivência de pessoas trans no estado de Mato Grosso, o que permite dentro de uma perspectiva de análise decolonial e transnecropolítico, propor a elaboração de políticas públicas de atenção a esse público, podendo ser gestada tanto pelo estado, como por ONGs..